Hashtags e o Modelo distribuído
Para mim a descoberta da semana foram as hashtags, então não poderia deixar de falar sobre elas. Começando pela ideia de criar trabalhos com hashtag únicas e corrigi-los buscando essas hashtags, além de hashtags por turma: algo simplesmente genial. O interessante é que hashtag é um conceito que ultrapassa a rede social, pois está em várias como Twitter, Instagram, Facebook, Google Plus etc. Outra descoberta da semana foi o Diigo, mas novamente encontramos que o grande poder do Diigo é permitir que as pessoas organizem e compartilhem o próprio conteúdo de bookmarks utilizando mais uma vez o poder das hashtags.
Foi aí que tive um insight...eu acho...
Desde 1736, com o livro “Sete pontes de Königsberg” escrito pelo Leonhard Euler, a humanidade começou a pensar na chamada ciência das redes. Neste livro, o matemático analisa um problema de transporte, que deu origem a um ramo da matemática chamado teoria dos grafos. No mundo contemporâneo podemos utilizar aparato técnico desenvolvido na resolução desse problema para pensar nas nossas relações. A ciência das redes, criada a partir dessa publicação, mostra que diferentes modelos de rede podem ser usados para distribuir informação. Os modelos geralmente citados são centralizado, descentralizado e distribuído (veja a figura). Algumas instituições de nossa sociedade são ou já foram centralizadas (exemplo: a Rússia czarista, em que toda a informação passava por Moscou), hoje poucas são as instituições que ainda mantém esse modelo. O modelo mais comum é o modelo descentralizado em que existe uma direção (chefe, rei, líder) e, como é o caso das escolas, coordenadores, subcoordenadores e finalmente professores Observe a figura, nela temos os mesmo pontos, nos mesmos lugares, o que muda são os links entre eles.
Rede centralizada
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Rede descentralizada
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Rede distribuída
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A ciência das redes mostra que a sociedade está passando por um momento de transformação, estamos nos moldando de maneira distribuída. Observe que quando dizemos que uma sociedade está evoluindo não significa que as pessoas vão ser substituídas, o que seria um absurdo, mas a maneira como elas interagem. Isso é a sociedade. A maneira como interagimos já foi descentralizada está se transformando em distribuída em que cada ponto consegue se conectar a todos os outros sem necessariamente ter que passar por um intermediário (veja a figura da rede distribuída). Como nos garantir como membros integrantes dessa rede distribuída?
Em relação a tudo que foi feito sobre a exploração do conceito de curadoria digital fica a desejo de criar e participar de redes colaborativas desse conteúdo. Em um futuro muito próximo, as pessoas que não se adequarem a essa forma (ou equivalente) de colaborar e organizar o conteúdo digital terão dificuldades de deliberar de maneira sensata. Elas serão excluídas, se não totalmente, parcialmente do processo democrático, já que para expressar suas ideias dependerão de terceiros para incluir tais ideias nas redes de compartilhamento.
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